sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fechando o Ciclo - 11:11

Uma história

Estou nas brumas. As mesmas que me envolveram quando o inevitável aconteceu. Não sinto dor, nem medo. Sinto saudades, melancolia, nostalgia doce de algo que existe em algum lugar, mas ao mesmo tempo, parece estar voltando para dentro de mim.
Há dias, resgatei meu baú pessoal, e reencontrei minha bela pérola azulada; a energia da Lemúria que mora em mim estava ali, ao meu toque e sensação (contei esta história dias atrás). Não quis ficar lá, mas voltando, ainda não compreendi o que restou, mudou ou transcendeu em mim.
As vozes se cessaram há alguns dias, depois de mais de vinte e quatro anos.
“Elas não se foram. Estamos todos aqui.”
Então por que me sinto tão só, escuto um silêncio enorme e não percebo mais ninguém? Em que sintonia estranha eu estou vibrando?
“Está tudo bem. Esta é a hora do silêncio. Do Silêncio Sagrado.
Tudo já foi feito e escolhido. Estamos a uma pequena parte de tempo das grandes aberturas. O mundo renasce dentro dele mesmo, assim como cada uma das almas conscientes.
É justo que isto aconteça, pois as dores da transformação foram repartidas e compartilhadas – dúvidas e revoluções – e agora, o renascimento e sua glória, também.
Nada pode ser efetivamente planejado agora, antes do nascimento. É tempo de espera, de recolhimento, de análise, de agrupamento, de juntar energias. O fazer virá. Isto é certo. Como quer participar?”
Eu não sei. Penso dentro do meu coração, e sinto algo. Eu quero ser por fora o que sou por dentro. Quero que as pessoas me vejam sem máscaras. Quero me libertar das expectativas dos outros, e acredito que a melhor forma de fazer isso é ser externamente o que aprendi e aceitei ser por dentro nestes últimos anos de auto-conhecimento, transformação e muita dor vencida e curada.
Eu não quero mais ter que fazer coisas ou ter que ter atitudes. Eu quero libertar naturalmente o que nasce dentro de mim, e ver florescer, sem pressão ou culpa. Eu quero poder servir a mim mesma.
“Pois é isto que falta. Deixando de servir ao outro, uma enorme cratera se abriu em sua mente, apesar de ter certeza de que seu coração está mais livre e leve. Esse vazio só pode ser preenchido pelo auto-serviço. Precisa servir a você mesma! Cuidado, você não pode procurar outros senhores, sem perceber. Ninguém de Luz pedirá seus serviços. Ao contrário, todos oferecerão apenas parceria.”
A voz doce de Guinevere se vai com perfume de rosas.
Outra mais forte chega.

“Você não precisa que ninguém dê permissão para que inicie, ou que te ditem regras. Você está a serviço de si mesma, e isto é novo em vários milênios de vida. Madalena não quer seguidoras, ela quer irmãs.”

E a voz me arrebata, como há tantos anos acontece comigo, e já faz parte do que conheço por normal. Meu corpo sutil está em outro lugar. As cores são mais nítidas e brilhantes. Vejo uma fonte de água, feita de belas pedras artisticamente postas em círculo, em meio a um bosque. Joana, a dona da Voz, está ao meu lado, com seu vestido azul claro e branco, segurando a saia, e me oferecendo um copo de sua água.
“É a água da consciência. Ajuda a limpar a alma de sentimentos que precisam ir, libertando assim a mente criativa e a visão apurada.”
Fecho os olhos e respiro profundamente, antes de encarar o copo de ouro belamente entalhado. Eu desejo muito que a água traga o que contém, para dentro de mim. Mas você acha que estou preparada para viver isso, Joana?
“Mas então não chegou você mesma até aqui?
Não enfrentou distâncias, separações, decepções, tristezas e dores físicas agudas e internas? Não foi olhada como nunca quis ser, não disse o que nunca desejou ter que dizer, não rompeu as barreiras da sua armadura interna de honra e idealização de vida? Por que não querer a cura para as feridas que surgiram na estrada da sua história?”
Respirei sem respostas. Aquela água me parece poder enterrar tudo que conheço como verdade e real até agora, ou o que minha consciência pode ver desta forma. O que isto pode gerar?
Joana, então, faz o de sempre: me desafia.
“Não acredita que sua essência sabe escolher?”
A água é doce e de temperatura amena. Sinto que ela corre no meu corpo, levando um friozinho ao peito.
Sento em uma pedra, ao lado da fonte, para pensar e colocar minhas idéias e meu corpo mental no lugar – parecia que era mesmo neste nível que ela tinha maior poder. Ela me olhava, brilhante de Luz.
“Este mundo é seu! Há éons de luz que luta e dedica energia a ele! Já o viu desabar várias vezes, já morreu e renasceu com ele tantas vezes pôde suportar. Não acha que é o bastante?
Mas não foi por ele que caiu, mas pelos que nele vivem. Por você, por mim, por todos nós. Mas agora, cada um pode andar ao encontro de seu próprio destino.”
Por que ainda não faço o que me propus a fazer? Por que empaco, não ando, vejo o tempo passar e não crio através dele?
“Porque precisa abrir a última cortina. É ela que se vai agora. Com ela vão os equívocos e todas as razões desencontradas com a verdade.
Assumirá você mesma, com tudo que a inclui. Sem medos ou reservas. Preparada para apenas existir e honrar seus dias como senhora da Luz.”
Joana, o mundo ainda me parece bem pesado. Somos nós que vamos aprender a conviver com isso ou ele vai mudar de repente?
“Ele já mudou!”
Mas e tudo que vemos todos os dias?
“São ilusões, irmã. Vão definhar com o tempo, assim como os sistemas, os valores, os poderes e os corpos que se alimentam delas. Muitas mortes, muitas quedas, muitas doenças, muitas tragédias. Simplesmente porque não existe mais a grande raiz que as sustentou por milênios.
É claro que leva algum tempo para que estas coisas aconteçam, pois a raiz sempre foi forte e não cairá de uma hora para outra. E vão se segurar firmemente ao que puderem, até o fim. Mas ela já está morta. O coração da Terra antiga já morreu, se desligou do mundo tridimensional, e seu último suspiro se vai neste último portal. Quem fica ligado a ela será como os espíritos perdidos que se prendem ao corpo que se decompõe. Triste, lento e dolorido. Mas inevitável.
Tudo o que você vê já não é mais. É só uma casca sem chão nem vida, que desabará em algum momento.”

Algo dentro de mim ficou mais calmo, então. Então é verdade o que sinto...

“Se você arranca uma planta da terra e a deixa descoberta, sem terra ou água, ela não morrerá na hora. Vai definhar aos poucos, perder o viço, a beleza, começar a secar, até que finalmente, morrerá. O tempo depende de quão forte ela era e de quanta energia acumulou dentro de si. Mas morrerá em algum momento.
Tudo o que dói agora é o que está ligado ao antigo e sem vida, e que agora agoniza sem alimento. A dor agora não é mais uma realidade. Se tem dores no corpo, na alma ou nos pensamentos, liberte-as imediatamente, pois estão ancorando parte de você no antigo. A fonte de vida antiga foi encerrada, e tudo que precisa dela para viver, com o tempo, adoecerá e morrerá com ela. Não importa quanto tempo esta energia vai levar para se dissipar de cada célula ainda vigente, mas ela vai terminar. E quando terminar, apenas a nova fonte alimentará as novas consciências.
Mas se plantarmos a árvore arrancada às pressas em novas terras, ela ainda sofrerá, levará tempo para se adaptar, mas poderá sobreviver. É o que pode acontecer com os que recorrerem aos últimos momentos de transição. Será um período penoso, traumático, mas possível de terminar com sucesso.
Poderá parecer um longo período para eles, mas é bem pequeno para a história do planeta e de cada indivíduo em questão.
Quase tudo o que foi arrancado aos poucos da velha energia nestes últimos anos, foi feito com uma parcela de dor. Não porque deveria ser assim, mas porque o apego é maior que a entrega. O apego gera dor, a entrega traz esperança. O apego preza a segurança. A entrega substitui a idéia de segurança pelo sentimento da fé.
As brumas são verdadeiras. Elas significam que a nova energia ainda não foi compreendida e desvendada. Mas já foi alcançada! Isso é muito bom.
Agora que já abasteceu sua alma com a água sagrada, lembre-se de que sempre uma Senhora guarda as águas dos acontecimentos e do que será. Isto marca um ponto sagrado. Isto é o que aconteceu aqui, isto já aconteceu há muitos milênios atrás, você sabe.”
Eu sabia do que ela estava falando, e memórias antigas me invadiram docemente.
E ela sorriu, finalmente. E eu sorri de volta, aliviada.
Está tudo bem. A dor vai cessar na medida que eu deixar ir. Mas deixar ir o que? Tudo que estiver relacionado com a dor. Esta é uma viagem pessoal e intransferível.
Voltando, meu corpo físico parece mais forte. Minha mente, mais leve.
Vibro para que os vazios sejam preenchidos por nova energia ainda a ser revelada. E não peço controle de tudo. Minha mente ainda não poderia entender e controlar todos os mistérios que vivemos nesta era de ouro e luz.
E usando as palavras de um velho amigo, apenas me desejei “Luz, paz e prosperidade!”.


Portal 11/11/2011

É quase inacreditável que chegamos todos até aqui. Depois de décadas de trabalho e busca, esforço e entrega, estamos nos alinhando com o momento clímax do trabalho do 11:11, a entrega final.
Neste último portal, finalmente o coração da antiga Terra será totalmente transmutado, e sua energia não mais fluirá. Sei que existem mais outras dezenas de explicações e detalhes específicos sobre o momento astronômico e cósmico para estes dias, mas minha intenção é – como sempre – falar de alma e coração.
Toda a comunidade de Luz está resplandecente, comemorando a vitória e conquista. Eu, pessoalmente, estou aliviada, pois as dores de transição estão se cessando a cada dia, e a chama da alegria pode novamente dar o sinal da sua graça na minha luz interna. Terminamos os dias de trazer para dentro de cada uma de nós, voluntárias filhas de Shekinah, uma parcela da dor do mundo para transmutar e libertar. Isso é muito bom de sentir. Liberdade.
Neste dia 11 de Novembro de 2011, a chama antiga será finalmente apagada, e isto significa que a nova chama atingirá pela primeira vez, o seu potencial total. Algumas divergências de datas foram divulgadas (alguns afirmam que a concretização da transferência ocorre dia 21/12/2011, aproveitando a energia do Solstício, e outros a colocam no final do ano que vem), para mim, que me coloco no colo da energia Mãe, acredito que estes são apenas detalhes. Não importam dias ou meses depois de séculos de trabalho. O importante é que meu coração sente – como muitas irmãs e irmãos pelo planeta – que algo novo resplandece apesar das dores e fortalece mudanças e esperanças no mundo todo.
Para os que compartilham da Energia da Mãe, entretanto, a data citada foi informada como final, e repasso o que foi transmitido nos círculos de Luz: conectem suas energias aos novos valores – responsabilidade pelos próprios atos e suas conseqüências, respeito e amor às diferenças, igualdade entre todos os valores e pensamentos, poder pessoal, auto-estima e auto-aceitação, e liberdade para qualquer verdade – e aproveitem o colo da Grande Mãe no processo de ancorá-los na sua vida pessoal.
Li várias recomendações para este dia, como meditações às 11:11hs, não comer carne, não ir trabalhar.
Muitas pessoas me perguntam: mas afinal, o que vai acontecer?
É muito simples: a energia velha será desligada. Tudo o que precisa dela para viver, que já está em colapso energético há algum tempo, deixará de ser alimentado, e só a nova fonte vibrará. Alguns sentirão uma alegria incrível, ou alívio, ou o silêncio. Outros, dor e solidão. Talvez desespero. Mas acreditamos ser impossível alguém ficar totalmente alienado ao processo.
Outra pergunta frequente: “mas se esta nova energia estará disponível agora, para sempre, por que se esforçar tanto para recebê-la exatamente neste momento?”
Porque o momento de transição define a força de ignição com a qual o novo coração irá pulsar. Quanto mais pessoas atraírem sua energia no momento inicial, mais forte a energia nova pulsará pela Terra, maior força ela poderá libertar e seu curso será mais dinâmico e proveitoso. É mais ou menos como que se a demanda definisse a potência com a qual a energia será impulsionada.

Sabendo disso, fica lógico que, se o corpo físico estiver mais leve (sem alimentos de energia pesada para digerir como carne, muita gordura e enlatados) terá mais condições de absorver maior quantidade de energia que será emanada pelo novo centro.
E é claro que se você puder estar em um lugar sagrado, meditando no seu Silêncio Sagrado, em vez de atendendo clientes ou em reuniões de negócio, seu corpo mental será muito mais agraciado.
E se puder dividir este momento depois de um bom banho aromático, vestindo algo claro e confortável, com pessoas que ama e se importa, cercado de flores e imagens agradáveis, seu corpo emocional se abrirá mais facilmente para tudo que virá.
E definindo dia, hora e minuto, fica mais fácil agrupar intenções.
È uma questão de lógica, não acha? Nada de segredos...
O importante é que cada um faça o que for possível e mais coerente com suas convicções e prioridades, nestes momentos.
Quanto ao fuso horário, alguns definem o horário de Greenwich, outros, os horários locais. Para a Mãe Terra, porém, um ciclo de um dia (a cada hora, um pedaço dela acionando sua energia) é tão proveitoso quanto todos exatamente ao mesmo tempo. Diante da grandeza da sua vida e da sua longa jornada, um dia é praticamente um mesmo momento.
Eu acredito que estamos entrando na era da Liberdade e da diversidade. Se tudo fosse regrado com dureza inflexível seria, já no conceito, contraditório à energia que quer sustentar. Discussões sobre recomendações e obrigações não podem se manifestar na nova energia. Todos que recebem esclarecimentos têm a missão de propagá-los, e de aceitar os esclarecimentos de todos os outros, pois cada um encontrará eco em seu coração sobre qual direção tomar. E todas estão certas, quando refletem um coração em trabalho à Luz, e se completam, ao invés de se contradizer.


E como sempre digo para minhas filhas: tudo sempre fica bem, quando obedecemos ao nosso coração.

E não se esqueçam de compartilhar suas experiências! Feliz portal para todos!

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