Não tenho intenção de repetir ou melhorar as informações trazidas por todas as grandes fontes que tem nos alimentado durante todos estes anos de Portais e transições. Como sabem, minha intenção é unir os complementares. A maioria das fontes trabalha com a energia do Sagrado Masculino, e tem acesso às explicações lógicas e científicas, às centralizações de energia e as mudanças dos valores e idéias, em todos os eventos importantes que passamos.
Minha ligação, entretanto é com a energia de Shekinah, a Mãe Cósmica e o Sagrado Feminino. A visão do Feminino é complementar ao Masculino, mas infelizmente, menos abordada. E, como sempre digo, precisamos conhecer os dois lados do que precisamos unir, se quisermos ser todos Um, unos com o Todo.
Na visão de Shekinah, o Portal 11:11 é uma gestação. A Terra, assim como todos os filhos do Universo – sejam eles, planetas, estrelas, galáxias ou pequenos seres individuais como nós – precisa evoluir, acompanhar o ritmo da dança cósmica. Esta dança é sempre feita em espiral, tendo como ponto central uma grande fonte de energia feminina/masculina, que equilibra os períodos, os pulsos de expansão e contração e a ordem.
Assim, a Terra entrou no final de uma fase de aprendizado e desenvolvimento, completa agora mais uma volta na sua espiral cósmica em volta da energia que a criou, e a entrada nesta última fase do ciclo foi marcada pela vinda de um avatar amoroso e sua parceira de Luz, há cerca de dois mil anos atrás, plantando a idéia da igualdade, fraternidade e amor em complementação de todos, sem distinção.
Muitos de nós se ofereceram para vivenciar este ciclo conscientemente, gerando transformações e revoluções durante várias encarnações neste período, mas não é minha intenção aqui detalhar este processo.
Sim, a própria Terra gerou sua sucessora, seu novo centro de Luz mais sutil, ligado agora a um novo coração de energia Pai-Mãe mais sutil no Universo, saindo de dentro do seu próprio coração de Luz e energia. E como somos todos Um, cada um de nós foi convidado a fazer o mesmo, dentro de si: gerar um novo ser de Luz, a partir da sua centelha sagrada mais pura, ligado a valores e sentimentos mais independentes e menos paternalistas, alimentá-lo, encorajá-lo, até que ele gerasse Amor por ele mesmo e pelo que o cerca, o bastante para se libertar da velha casca egocêntrica e insegura, e descartá-la.
O processo de descarte foi iniciado então, com o Portal 11:11, em 11 de Janeiro de 1992. Este portal em especial foi criado para marcar as fases finais da gestação e nos disponibilizar a energia de apoio que necessitaríamos a cada fase vivida no processo, até o momento final de libertação. Na língua dos Raios, começou com a energia Azul da Fé e Determinação, passou por todos os passos até chegar ao mais puro Violeta da transmutação e libertação.
Apesar da grande maioria da humanidade estar alheia a tudo isso, muito foi aprendido neste período. Diversas verdades veladas vieram a tona em todas as áreas humanas, muitos corações antigos lembraram de suas histórias de Luz e puderam voltar a vibrá-las com harmonia entre nós.
Lógico que a dualidade existe, e não foram apenas as histórias de Luz que foram lembradas. Toda a sombra precisou – e ainda precisa – ser revelada para que seja transmutada e liberta.
E acredito que seja esta a parte da Grande Mãe no processo. Enquanto o Sagrado Masculino abriu os caminhos das tecnologias e pensamentos científicos, acolhendo toda a Luz que os seres foram descobrindo dentro de si neste processo e direcionando-a para o crescimento e evolução, a energia Feminina suportou a dor e a culpa dos equívocos cometidos, e trouxe o poder do Amor, da Compreensão e do Perdão, a cada passo que as antigas sombras foram sendo reveladas dentro de nós.
Foi neste caminho que segui – junto com muitos irmãos e irmãs de energia índigo de nascença, desde 1987, quando a convergência harmônica acordou minha sensibilidade ainda na minha adolescência, e mais efetivamente, quando, em 1992, o Portal 11:11 abriu minha consciência e começou a me preparar para o momento de agora.
Ao lado das entidades das Grandes Senhoras – Mãe Maria, Maria Madalena, Guinevere, Joana D´arc, a Alma de Gaia, a Terra Mãe, entre muitas outras - muitas mulheres participaram desta gestação, suportando o trabalho de olhar a sua sombra pessoal, as sombras de seus filhos, maridos, parentes, amigos, de outras mulheres, ou da humanidade como um todo, amando e perdoando, sentindo dores, amores, vivenciando transformações, abandonos e crises, para que tudo funcionasse de acordo com a Luz Maior. Muitas delas sem ter a menor consciência disto, mas trabalhavam igualmente comprometidas.
Desta forma, o Portal 11:11 chega efetivamente ao trabalho de parto da Terra, libertando-a do que a tornava antiga e pesada, e oferece a cada um de nós a oportunidade de ascender com ela, à sua nova condição de planeta de quinta dimensão.
Como todo parto, a Terra pulsou, inspirou e expirou várias vezes, se acalmou para depois tremer, marcando o processo de libertação do Novo. Passamos isso muitas vezes, e nos assustamos com sua força.
Pessoalmente, em meus trabalhos, vivenciei as mesmas coisas em indivíduos que procuravam ascender. Períodos de revolta, de dor, depois de calmaria, e até solidão e tristeza. Estamos todos juntos, mesmo que se ignore isso.
Chakras foram ativados na Terra e dentro de nós, novas formas de energia foram reveladas ou relembradas, vários trabalhos energéticos executados, a espiritualidade foi revolucionada. Eu ainda me emociono ao dizer isso, pois não foi pequeno o esforço – e nem a esperança – de que um dia eu pudesse fazê-lo: o mundo está pronto, finalmente, para honrar a Mãe, ao lado do Pai.
Não é o final do mundo, mas de certa forma, é o final de um mundo como o conhecemos. A cada portal 11:11 aberto, uma parte do coração antigo de Gaia foi transmutado e desligado da terceira dimensão, e através da quarta – que simboliza a transição – uma parte nova é acesa no coração da quinta dimensão.
A quarta dimensão é especialmente confusa porque trabalha com as mudanças. Tudo se mistura nela, energias novas e velhas, e este período tem sido o mais difícil, acredito eu. Em outra oportunidade poderemos falar mais sobre isto, se ainda houver tempo.
O fato central, e mais importante, é que este parto foi feito em conjunto, e de acordo com a energia que a humanidade vibra, ele se tornou mais ou menos traumático – seja física, mental ou emocionalmente falando. Por isso que tantas meditações pela Paz são realizadas, e todos são chamados para sua Consciência Maior.
E o que difere a quinta da terceira dimensão, na visão de Shekinah? O que precisamos vibrar para estarmos juntos na sua evolução?
É simples: a quantidade de medo que substituímos pelo mais puro Amor. Na visão feminina, a evolução é vista simplesmente pela quantidade de Amor que você pode manifestar e distribuir no coletivo. Gaia precisa atingir uma quantidade certa de Amor para terminar seu ciclo. Senão, não entraria no novo andar da espiral, e não podendo voltar – isso não existe no fluxo universal – poderia até ser destruída, ou totalmente reformulada, como em várias épocas atrás já foi.
Mas isso não vai acontecer. O 11:11 atingiu seu objetivo e Gaia poderá entrar na quinta dimensão sem tantos traumas. E nós também.Quando o coração antigo de Gaia deixar definitivamente de pulsar, apenas o novo gerará energia e troca com o Cosmo. Tudo o que ainda vive ligado ao velho, perecerá. Não é castigo. Chama-se evolução, e é feita do mais puro amor.
Não vou me discorrer sobre a doutrina do Amor, O Caminho ditado pelo Mestre e sua Senhora, não é minha intenção neste momento. Somente espero que cada coração liberte sua prisão interna em anos de idéias religiosas castradoras e manipuladoras, em milênios de segregação e preconceito, e encontrem, cada um na sua própria Fé, o Mestre que vive em seu coração e mais em lugar algum.
Este é o momento que esperamos há muitas vidas.
O 11:11 está se completando agora, e tudo o que você precisa está em dentro você.
O que virá depois, podermos descobrir – e construir – juntos. Sem medo. No lugar da dor, apenas o mais puro Amor.
