segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Processo de Ativação do Graal


Não gosto de modismos nem de especulações. Gosto de mergulhar, até o fundo, assimilar, sentir cada pedacinho, vivenciar, e depois emergir com uma resposta vivida e nunca comprada. Foi assim meu estudo sobre o Graal e sua importância neste momento na humanidade, por quase dez anos. Hoje, me sinto feliz com o que reencontrei e compreendi.

Ativar o Graal dentro das consciências é encontrar formas alternativas de Poder e Valor, substituindo a tradição e a forma usual e consagrada de se pensar, julgar e agir.
Analisando tudo que conhecemos, pensamos e criamos, encontramos energias em dois pólos complementares, energias que se contrapõe e fazem o Universo rodar em harmonia e ordem. Cada energia é necessária dentro da roda da vida e do pilar da estrutura de tudo que vemos, sentimos e interagimos. Isso nós sabemos.

É comum e antigo classificarmos os opostos, como ação e espera, movimento e descanso, individualidade e coletividade. Um pouco mais novo é valorizar igualmente cada um deles, reconhecendo sua forma especial de fazer parte das nossas vidas, e a necessidade evidente de todos na harmonia pessoal e coletiva, elevando-os da categoria de “opostos” a “complementares”.

Mas mesmo neste trabalho tão verdadeiro e necessário de complementação das energias, existe ainda uma lacuna preenchida com brumas e muitas dúvidas. Mas... qual a nossa parte nisto tudo? Mulheres são compreensivas e homens julgadores? Mulheres são flexíveis e homens obstinados? Mulheres aceitam e homens se impõem?
Muito do trabalho do Resgate do Feminino tem trazido alguns equívocos comuns como “a espiritualidade é feminina e o mundo material é masculino” ou ainda “as emoções são o terreno feminino e a racionalidade é o masculino”. Mas, somos todos seres completos, temos todos os vários níveis: físico, emocional, mental e espiritual. Como nutri-los com igualdade e respeito, nos proporcionando harmonia sendo “metades de mesma energia” Haverá sempre uma parte de nós fraca e não pulsante, tanto para homens como para mulheres.
O fato é que precisamos nos adequar e encontrar “energias similares” além das “complementares”. Para cada tipo primordial de energia há sempre uma forma de manifestação equivalente, masculina e feminina.
Se o Feminino “compreende”, o Masculino pode “entender”. Se o Masculino exerce “controle”, o Feminino exala “soberania”. Se o Feminino  “aceita”, o Masculino pode “respeitar”. Se o Feminino “deseja”, o Masculino “quer”.

Claramente, na sociedade atual, os valores masculinos são mais difundidos e exaltados, e o desequilíbrio é inevitável dentro de cada um de nós e ao nosso redor. Metade da humanidade tenta canalizar poder de uma forma não natural, e, portanto, sofrida e desnecessária. A outra metade não encontra complementação, e sim competição, na outra metade, e tudo se transforma em uma enorme corrida desenfreada por poder, gerando doenças, dor, solidão e muita tristeza.
 Analisando as dores da sociedade e de cada ser dentro dela, é evidente a necessidade de transformação dos conceitos e da forma de aplicá-los dentro e entre os seres humanos, de ambos os sexos, independente da sua opção sexual, religiosa ou cultural.
O que podemos fazer no meio de tanta confusão? Nos entender. Ou compreender, dependendo da energia. Nos transformar e fazer a diferença. Ser o pólo da mudança.
Questione-se. Onde baseio o meu poder? Qual a minha forma de interpretar, valorizar e lidar com as situações? Será que cobro do meu parceiro ou parceira uma forma impossível de conduta que contraria a sua própria natureza? Será que me estruturo na minha forma natural de poder?
Com certeza as respostas indicarão pontos de conflito e de dores, e gerarão pedidos de mudança e crescimento. Isso se chama evolução.
Foi para isso que fomos criados. Foi para isso que decidimos estar aqui. Para sermos melhores. Evolução é um processo único, para qualquer um, homens e mulheres; é o objetivo comum que nos une a todos e nos faz voltar para uma mesma idéia novamente, depois de milênios de separação de objetivos e metas.
Ativar o Graal é lembrar cada pedaço de nossa consciência de toda esta história e fazer uma nova Verdade fluir nas nossas células, emoções e pensamentos. Ativar o Graal é unir o que já foi com o que é, e encontrar o melhor que esta união pode proporcionar.
Ativar o Graal é conhecer finalmente o Amor verdadeiro, é se complementar com honestidade e transparência, e se deleitar nas belezas e alegrias que este sentimento poderoso pode proporcionar aos dois lados da humanidade.

Depois que a gente encara, acho que vale cada lágrima e suor no processo. E você?

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